Como qualquer outra doença crônica, a obesidade pode ou não estar sob controle. Esse controle depende de alguns fatores como as razões que levam a pessoa a engordar – se emocionais ou físicas como distúrbios endocrinológicos, ou os métodos para emagrecer que ela utiliza.
O modo mais simples e natural de combater a obesidade é adotando um comportamento de vida mais saudável, entre as dicas para emagrecer podemos destacar a reeducação alimentar e a prática de atividades físicas regulares. Porém, entre os principais fatores que interferem no sucesso ou não da perda de peso estão, a decisão de buscar ajuda de um profissional especializado para orientar no tratamento e no grau de comprometimento da pessoa em aderir ao tratamento recomendado com toda a equipe multiprofissional.
Este é o caso, por exemplo, da cirurgia bariátrica e metabólica, uma terapia bastante eficaz para o controle da obesidade mórbida e suas comorbidades. Entretanto é preciso chamar a atenção para o fato de que algumas pessoas podem voltar a engordar mesmo após o tratamento cirúrgico, principalmente se não aderir a um controle a longo prazo com a equipe especializada.
Vale ressaltar que é considerado normal que, após cinco anos da realização da cirurgia, o paciente recupere de 5% a 10% do menor peso alcançado com o tratamento na fase de emagrecimento.
Fatores genéticos, ambientais, emocionais e comportamentais podem contribuir para que a pessoa volte a ganhar peso, mesmo depois da cirurgia. Por isso, o acompanhamento nutricional e psicológico adequado antes, durante e depois da cirurgia é fundamental para que o paciente se adeque a sua nova realidade de ex-obeso.
Em casos de recidiva da obesidade, as condutas médicas a serem adotadas vão variar de acordo com as causas citadas anteriormente e incluem inicialmente desde a avaliação por parte de um endocrinologista e demais profissionais da equipe multidisciplinar para auxiliar em mudanças comportamentais até em última instância, se houver problemas relacionados a técnica cirúrgica, a possibilidade de uma cirurgia revisional.
Vale ressaltar que entre as técnicas cirúrgicas atualmente empregadas, a gastroplastia com derivação jejunal (bypass gástrico) ainda é a que apresenta resultados a médio e longo prazo mais efetivos e sustentáveis, relativos à perda gradual de peso e ao controle das doenças associadas à obesidade, sem grandes complicações pós-cirúrgicas.
Lembre-se: o tratamento cirúrgico é uma alternativa eficaz para ajudar a perder peso e controlar a obesidade, contribuindo para a melhor qualidade de vida e longevidade. Porém, é preciso estar ciente de que se trata de um procedimento cirúrgico de grande porte e, por isso, apresenta riscos e modificações em seu aparelho digestivo. Portanto, o resultado final também vai depender do esforço pessoal em abandonar velhos hábitos como o sedentarismo e buscar seguir uma dieta saudável, além de ter e seguir o acompanhamento médico e psicológico para o resto da vida.