A cirurgia bariátrica e metabólica, ao contrário do que algumas pessoas acreditam, não é um procedimento milagroso que as tornará imunes à obesidade, mas é sim um tratamento eficaz para o controle da doença, considerada uma epidemia mundial e um grave problema de saúde pública.
Portanto, é fundamental que o paciente submetido à cirurgia para a redução de estômago compreenda que para manter a saúde física, mental e emocional será necessário comprometimento em seguir rigorosamente as orientações médicas e manter uma dieta alimentar para o resto da vida.
Nesse sentido, os acompanhamentos nutricional e psicológico, pré e pós-cirurgia, são fundamentais para que o paciente esteja apto a enfrentar as etapas de restrição alimentar.
A dieta pós-bariátrica
Normalmente a restrição alimentar pós-cirurgia é dividida em três fases: a líquida, a pastosa e sólida.
Dependendo da técnica bariátrica utilizada, a dieta líquida poderá ser introduzida 24 horas após a cirurgia e dura, em média, 15 dias. Nesse período, o paciente poderá tomar pequenos goles (no máximo 20 ml) de líquidos a cada 5 ou 10 ‘ totalizando no mínimo 1 litro e meio em 24 hs. Os líquidos são bem variáveis como água, água de coco, sucos diluídos e chás claros como de hortelã e camomila, gatorade, caldos ralos de carne ou legumes. O ideal é que o paciente beba cerca de dois litros de líquido por dia para manter a hidratação, desde que seja fracionado e em pequenos goles e com intervalos.
Para que o paciente também mantenha o nível de nutrientes necessário ao bom funcionamento do organismo, suplementos de proteínas em pó diluídos em alguns casos, o médico ou a nutricionista pode indicar proporcionando uma recuperação e adaptação adequada.
Como é uma fase de adaptação ao novo trânsito digestivo, alguns pacientes podem sentir náuseas e vômitos. Nesses casos, deve-se parar a alimentação e consultar o médico para que ele possa avaliar a melhor conduta a adotar.
Os alimentos pastosos e sólidos são proibidos nesse período, pois o esforço para digeri-los pode forçar e até romper os pontos da cirurgia bariátrica, resultando em complicações e, em alguns casos, até na necessidade de uma nova cirurgia.