É comum que mulheres obesas tenham dificuldades para engravidar. Isso porque o excesso de gordura aumenta a produção do estrogênio, hormônio que regula a ovulação, interferindo direta e prejudicialmente na fertilidade feminina.
Para as que conseguem vencer esta barreira, a gravidez na obesidade torna-se perigosa, pois o excesso de peso aumenta o risco de a gestante desenvolver pré-eclâmpsia – elevação da pressão arterial que pode evoluir para convulsões e coma, além do diabetes gestacional.
Então, como engravidar com segurança?
Um dos tratamentos possíveis, eficazes e que têm sido indicados nesses casos é a cirurgia bariátrica e metabólica para o tratamento da obesidade. Isso porque uma das vantagens da cirurgia de redução de estômago é melhorar a fertilidade e diminuir o risco de uma gestação de risco para a mulher.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 70% dos pacientes que realizam cirurgia bariátrica são mulheres em idade fértil (entre 35 e 50 anos).
Trata-se de uma terapia transformadora não só do ponto de vista da aparência estética da mulher, mas principalmente no quesito da saúde física e mental. Entretanto, alguns cuidados básicos devem ser observação durante todo o processo do tratamento cirúrgico, especialmente no que se refere à dieta pós-bariátrica, que deve ser orientada e acompanhada por um nutricionista especializado em obesidade. Isso porque, caso a paciente não mantenha uma dieta alimentar equilibrada e para o resto da vida, o resultado final da cirurgia e, pior, a gravidez, podem ser comprometidos.
Além disso, os especialistas do Instituto Garrido alertam que mulher só deve engravidar um ano após a cirurgia bariátrica, mesmo assim depois de passar por uma avaliação prévia da equipe multidisciplinar que realizou o tratamento e com o acompanhamento pré-natal feito por um ginecologista-obstetra de sua confiança.