Obesidade na adolescência: a importância evitar problemas de saúde no futuro

Crianças e adolescentes obesos podem desenvolver baixa autoestima, ansiedade, depressão, isolamento social, transtornos alimentares, além de se tornarem alvos de bullying. Além disso, a grande maioria dos adolescentes obesos acaba se tornando adultos obesos, em muitos casos com obesidade mórbida.

Prova desta realidade preocupante é o resultado da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostrou que o sobrepeso atinge mais de 30% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos.

Esses índices estão relacionados principalmente a fatores ambientais, como a falta de tempo para a prática de atividades físicas e os maus hábitos alimentares, com a substituição do consumo de frutas e legumes por alimentos industrializados e ricos em açúcares e gorduras, portanto, com grande valor calórico.

De acordo com Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em menos de 5% dos casos, a obesidade na adolescência é causada por doenças endocrinológicas. Por isso, o tratamento envolve vários aspectos, sobretudo o comportamental, com foco em reeducação nutricional, com uma dieta para emagrecer de forma saudável e mudanças no estilo de vida do paciente. Mas, para isso, toda a família deve estar envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo. 

Vale lembrar que a cirurgia bariátrica é liberada para os adolescentes entre 16 e 18 anos, desde que tenham o consentimento da família ou do responsável legal e obedeçam aos critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

De acordo com tais critérios,  só quem pode fazer a cirurgia bariátrica são pessoas com IMC (Índice de massa corpórea) igual ou maior que 40kg/m² ou igual ou maior que 35kg/m² desde que apresentem pelo menos duas comorbidades como pressão alta, diabetes tipo 2, dislipidemias (colesterol/ triglicérides altas), apneia do sono, doenças ortopédicas, doenças, doença do refluxo gastroesofágico, incontinência urinária, infertilidade, entre outras.

Referências: