Cigarro e obesidade: existe relação entre os dois?

Fumar faz com que a pessoa não sinta direito o sabor dos alimentos, especialmente os açucarados e gordurosos. Por isso, ela não se sente saciada ao consumir esses produtos e, consequentemente, acaba engordando. Pelo menos é isso que demonstrou um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis (EUA).

Os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde revelam o índice de obesidade entre brasileiros de 35 a 44 anos, é de 61,1%. Já entre os brasileiros com idade de 55 a 64 anos, este índice sobe para 62,4% e chega a 57,7% no grupo com 65 anos ou mais. Entre essas pessoas, muitas são fumantes e candidatas à cirurgia bariátrica.

Todos sabem que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para morte precoce e incapacidade em todo o mundo e que as substâncias nocivas do cigarro oferecem riscos à saúde. No caso de uma cirurgia bariátrica não é diferente, pois o cigarro prejudica a cicatrização, podendo trazer sérios transtornos no pós-operatório.

A nicotina prejudica a cicatrização da pele, podendo resultar em infecções. Além disso, a tosse causada pelo cigarro causa dores, forçando o corte, que não cicatrizará bem, favorecendo a formação de uma hérnia. Quem fuma também terá mais chances de ficar gripado e até mesmo de adquirir uma pneumonia. Por isso, é proibido fumar no primeiro mês após a cirurgia bariátrica.

 


Referências:

Obesity, smoking & tasting; disponível em : https://medicine.wustl.edu/news/podcast/obes.ity-smoking-tasting/

VIGITEL BRASIL 2016, Ministério da Saúde, disponível em: https://www.endocrino.org.br/media/uploads/PDFs/vigitel.pdf