Para manter a saúde física, mental e emocional depois de ser submetido a cirurgia bariátrica para controle da obesidade é fundamental manter uma dieta saudável para o resto da vida. Nesse sentido, os acompanhamentos nutricional e psicológico, pré e pós-cirurgia, são fundamentais para que o paciente esteja apto a enfrentar as etapas de restrição alimentar.

É importante ressaltar que cada caso é único e pode haver variações nas fases nutricionais de acordo com a técnica cirúrgica utilizada e também com a realidade pessoal do paciente. Por isso, antes de voltar a uma alimentação regular, o paciente passa por uma dieta pós-bariátrica que demora, em média, de 8 a 10 semanas e é dividida em fases.

Durante o processo de recuperação da cirurgia bariátrica a alimentação será reintroduzida lentamente, sendo que nas três primeiras semanas só será possível ingerir líquidos em pequenos goles como caldos, refrescos, água de coco, leite desnatado e gelatina. Desobedecer esta orientação poderá prejudicar a cicatrização dos pontos internos da cirurgia, mesmo que por fora ela esteja aparentemente cicatrizada.

Depois desse período, você poderá comer alimentos bem cozidos e moles como arroz, macarrão fino, legumes picados, pescada branca, carne macia bem moída; ovo mexido mole, torradas e frutas. Aos poucos, de acordo com o acompanhamento nutricional, você vai começar a comer outros alimentos, até poder comer de tudo novamente.

Entretanto é preciso ter cuidado para não ingerir uma quantidade de alimentos maior do que a capacidade de seu “novo” estômago.

Coloque pequenas porções no prato e use uma colher das de chá para comer, mastigando bem. Isso evitará a sensação de “estufamento”, náuseas e vômitos. Não tome líquidos junto com os alimentos sólidos, tome-os antes ou 30 minutos após os sólidos e nos primeiros 6 meses não tome refrigerantes nem bebidas alcoólicas. Também evite fumar, pois a tosse causada pelo cigarro além de causar dores, pode favorecer a formação de hérnias.

Fonte: A Atuação Multidisciplinar na Cirurgia Bariátrica – A visão da COESAS-SBCBM;