O consumo do cigarro e a bebida alcoólica após a cirurgia bariátrica

A mudança no estilo de vida faz parte do tratamento da obesidade e é fundamental para garantir o sucesso da após a cirurgia bariátrica e metabólica.

Por isso, é muito importante que durante o período de recuperação da cirurgia o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionista, que ajudará na dieta pós-bariátrica, especialmente para quem precisa parar de beber e fumar.

Todos sabem que as substâncias nocivas do cigarro oferecem riscos à saúde e no caso de uma cirurgia bariátrica não é diferente, pois o cigarro pode trazer sérios transtornos no pós-operatório.

A nicotina prejudica a cicatrização da pele, podendo resultar em infecções. Além disso, a tosse causada pelo cigarro causa dores, forçando o corte, que não cicatrizará bem, favorecendo a formação de uma hérnia. Quem fuma também terá mais chances de ficar gripado e até mesmo de adquirir uma pneumonia. Por isso, não é recomendado fumar após a cirurgia bariátrica ou a qualquer outro tipo de cirurgia.

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association e realizada pelo Centro Médico da Universidade de Pittsburgh (EUA) com mais de dois mil pacientes revelou que pessoas submetidas à cirurgia bariátrica têm maior risco de se tornarem dependentes de álcool. Isso porque depois da operação o organismo passa a metabolizar o álcool de forma mais rápida, o que, além de acelerar a embriaguez, prejudica muito mais o fígado, o pâncreas e o cérebro. Além disso, as bebidas alcóolicas também reduzem a absorção de nutrientes e agridem as mucosas do estômago e do intestino.

Por tudo isso, as bebidas alcoólicas não são recomendáveis, especialmente nos primeiros seis meses depois da cirurgia, quando o organismo está passando por uma readaptação do trato gastrointestinal.