A vesícula biliar é uma pequena bolsa em forma de pêra, localizada no lado direito do abdômen, logo abaixo do fígado. Ela funciona como um reservatório para armazenamento da bile, produzida pelo fígado para auxiliar no processo digestivo.
A bile é composta de sais biliares e colesterol (tipo de gordura), vindos do fígado. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na produção desses componentes, pode se formar os cálculos biliares ou as populares pedras na vesícula.
Em alguns casos, o problema é assintomático, mas em outros pode provocar uma dor abdominal intensa e aguda, fácil de identificar porque, habitualmente, a cólica biliar ocorre após uma refeição. Quanto mais gordurosa for a alimentação, maior é o estímulo para contração da vesícula e, consequentemente, mais forte será a dor. Por isso, a obesidade é um alto fator de risco para o surgimento de pedras na vesícula, por causa do acúmulo de gordura que provoca no organismo.
Quando as pedras são formadas predominantemente de colesterol, o tratamento pode ser feito com remédios. Porém, mais de 50% dos pacientes voltam a apresentar pedras, por isso, o tratamento mais comum nestes casos é a colecistectomia, ou seja, a cirurgia para a retirada da vesícula e a cirurgia laparoscópica é a mais utilizada atualmente para este tipo de procedimento.
A cirurgia para a retirada da vesícula é rápida e segura e, na maior parte dos casos, o paciente pode voltar ao trabalho uma semana depois do procedimento. Entretanto, recomenda-se que o paciente evite alimentos gordurosos e frituras no primeiro mês após a cirurgia. Depois desse período, a alimentação pode voltar ao normal sem problemas.
Por isso, os pacientes bariátricos que apresentam cálculos antes da operação para redução de estômago, estes devem ser avaliados pela equipe médica onde será avaliado o riscos e benefícios de uma cirurgia em tempo único ou em 2 tempos.