Os perigos da hipertensão mal controlada

Setembro é o mês de combate às doenças cardiovasculares e de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no Brasil, a hipertensão, popular pressão alta, é responsável por 50% das mortes por problemas no coração.

A hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Além da hereditariedade, outros fatores colaboram para o desenvolvimento da hipertensão como o consumo de alimentos industrializados, abuso do sal e de bebidas alcoólicas, e a obesidade.

Entretanto todas essas situações podem ser evitadas com o tratamento adequado, especialmente no caso da obesidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o tratamento cirúrgico da obesidade pode resultar na remissão da pressão alta em mais de 60% dos casos.

A cirurgia bariátrica e metabólica só é indicada para pessoas com IMC (Índice de massa corpórea) igual ou maior que 40kg/m² ou igual ou maior que 35kg/m² acompanhado de, pelo menos, duas comorbidades como a hipertensão e o diabetes.

Porém, com a perda de peso corporal, resultante da operação, associada a mudança do estilo de vida durante a recuperação pós-cirurgia bariátrica (prática de exercícios físicos e dieta balanceada), há uma redução no esforço no coração, diminuindo os níveis de pressão nas artérias e, portanto, facilitando o controle da hipertensão.

 


Referências:

Pesquisa de Orçamentos Familiares – Ministério da Saúde, IBGE; disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50063.pdf

Childhood obesity linked to quadrupled risk of developing type 2 diabetes; King”s College London, 2017/4/24; disponível em: https://www.kcl.ac.uk/newsevents/news/newsrecords/2017/04-April/Childhood-obesity-linked-to-quadrupled-risk-of-developing-type-2-diabetes.aspx