É um excesso de peso grande que causa efeitos negativos para a saúde, tais como: diabetes, hipertensão arterial, arteriosclerose, ataques do coração, derrames cerebrais, artrites, varizes, flebites, doenças pulmonares, infertilidade, feridas nas pernas por má circulação, doenças de pele, além de problemas de ordem social e psicológica. Esses efeitos acabam por dificultar e encurtar a vida. O índice de massa corpórea (IMC) é útil para se avaliar a gravidade do excesso de peso. O tratamento cirúrgico da obesidade pode ser indicado para IMC a partir de 40 kg/m² ou a partir de 35 kg/m² na presença de pelo menos uma doença associada, também chamada de comorbidade.
De acordo com as regras do Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina, os critérios de indicação para a cirurgia bariátrica e metabólica são:
* IMC = ou > 40kg/m² ou IMC = ou > 35kg/m² com pelo menos uma doença associada grave, tais como: hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, excesso de colesterol/triglicérides, apneia do sono, artrose de joelho/quadril/coluna ou hérnia de disco.
* Fracasso de tratamentos clínicos (remédios) por dois anos.
* Controle ou ausência de doenças que tornem o risco cirúrgico inaceitável, tais como: insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca, cirrose do fígado.
* Condições de compreender o funcionamento das operações e a necessidade de colaborar para seu bom resultado.
É muito importante para a compreensão e a escolha do método em conjunto com o cirurgião que o candidato à operação bariátrica participe de um encontro pré-operatório coletivo, com duração aproximada de três horas, no qual são explicados detalhes de funcionamento de cada tipo de operação, seus benefícios e eventuais inconvenientes.
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Para mais informações sobre técnicas cirúrgicas e seus benefícios, por favor, visite nossa página sobre as terapias atualmente existentes em https://institutogarrido.com.br/terapias/
No Bypass Gástrico existe uma combinação da redução do estômago com a diminuição da absorção de nutrientes, resultando em uma mudança no trajeto dos alimentos pelo intestino. Para mais informações sobre técnicas cirúrgicas e seus benefícios, por favor, visite nossa página sobre as terapias atualmente existentes em https://institutogarrido.com.br/terapias/
A Gastrectomia Vertical, ou cirurgia Sleeve, é uma técnica mais recente, que não altera a absorção dos alimentos ingeridos. Baseia-se na redução da ingestão causada pela retirada de cerca de 80% do estômago. Para mais informações sobre técnicas cirúrgicas e seus benefícios, por favor, visite nossa página sobre as terapias atualmente existentes em https://institutogarrido.com.br/terapias/
O balão intragástrico é temporário (até 12 meses) e menos invasivo, reduzindo aproximadamente um terço do volume do estômago e ajudando o paciente a comer menos. Oferece uma média de perda de 8% a 15 % do peso total. Para mais informações sobre técnicas cirúrgicas e seus benefícios, por favor, visite nossa página sobre as terapias atualmente existentes em https://institutogarrido.com.br/terapias/
O Índice de Massa Corporal (IMC) é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros). Por exemplo, uma pessoa de 80 kg e 1,80m de altura tem IMC de 24,7 kg/m2, ou seja, peso normal.
O risco existe como em qualquer cirurgia de grande porte. Atualmente, o índice de mortalidade por complicações da cirurgia bariátrica no nosso grupo de trabalho é de 0,06%, ou seja 1 em cada 1.600 operados. As causas são vazamentos em suturas internas ou complicações pulmonares (embolia, broncopneumonia), hoje felizmente pouco frequentes graças ao preparo rigoroso e à execução cuidadosa das operações.
É possível, sim, operar ao mesmo tempo. Entretanto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica não recomenda. Ao nosso ver há mais desvantagens do que vantagens quando se opera no mesmo tempo cirúrgico. Recomendamos a avaliação específica de cada caso com o cirurgião responsável.
Pode. Na verdade, o desvio de estômago (“by-pass” gástrico) já resolve o problema do refluxo ácido para o esôfago, na maioria dos casos. Se a hérnia do hiato é muito grande, procura-se corrigi-la simultaneamente. Entretanto, deve-se evitar o “Sleeve”, que tende a piorar o refluxo gastro-esofágico.
Pode e deve. Entretanto, é necessário um bom preparo clínico pré-operatório com endocrinologista e demais profissionais da equipe multidisciplinar.
Deverá fazer jejum ao redor de 8 a 12hs antes da cirurgia, inclusive de água. Recomenda-se também dieta mais leve ou liquida nos dias que antecedem a cirurgia.
Habitualmente de 50 a 80 minutos.
Quando estiver na sala de cirurgia, as primeiras pessoas com quem terá contato serão os anestesistas, os assistentes da equipe e o instrumentador. Serão aplicados o soro, em uma veia do antebraço ou mão, alguns adesivos na região do tórax, para monitorar os batimentos do coração e um dedal para medir o oxigênio do sangue. Suas pernas serão envolvidas em meias especiais para diminuir o risco de formação de coágulos.
É pouco frequente, mas pode acontecer e não é sinal de nenhuma complicação. Significa apenas que você demorou um pouco mais para se livrar dos efeitos dos anestésicos. Não entre em pânico. Basta piscar bastante os olhos para que o anestesista entenda que você já está bem acordado e providencie a retirada do tubo.
Saindo da sala de operação, o paciente é levado à sala de recuperação pós-anestésica, ainda no centro cirúrgico, ficando lá por cerca de três a quatro horas, até estar bem acordado, para então ser levado ao quarto. É raro, mas alguns pacientes, por segurança, passam a primeira noite na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), não significando que houve qualquer complicação. Chegando no quarto é interessante que levante e caminhe com ajuda. A via do soro será mantida para a hidratação e medicações. Se sentir um pouco de dor e náusea, peça medicação para obter alívio.
O paciente ainda recebe soro e medicações na veia, deverá aceitar os líquidos em pequenos goles em quantidade suficiente para se hidratar e poder ter alta.
Alimentos sólidos, não. Poderão prejudicar a cicatrização das suturas internas, pois a cicatrização ainda não está completa. Haveria o risco de vazamento fazendo com que você precise de nova cirurgia de urgência. Portanto, não confie na sorte ou em informações de terceiros.
Durante as primeiras três semanas, o paciente pode tomar pequenos comprimidos inteiros, gotas e xaropes, mas comprimidos grandes precisam ser dissolvidos ou macerados. Isso permite a administração de analgésicos, antibióticos e medicação para o estômago, diabetes ou pressão alta.
Você poderá dirigir de 7 a 10 dias depois de uma gastroplastia por videolaparoscopia.
A saída de líquido claro, amarelado ou rosado, pela incisão, pode ocorrer, mas não significa necessariamente infecção ou problemas internos; é apenas líquido acumulado na gordura sob a pele.
Após três semanas, sua dieta evoluirá gradativamente para alimentos sólidos. Comece por alimentos bem cozidos e moles: arroz, macarrão fino, legumes picados, pescada branca, carne macia bem moída; ovo mexido mole, torradas e frutas. Depois, sua dieta evoluirá para outros alimentos, até que você possa comer de tudo.
Quando começar a ingestão de alimentos sólidos, deverá fazê-lo com cuidado, para não ingerir uma quantidade de alimentos maior do que a capacidade de seu “novo” estômago. No início, coloque cerca de quatro colheres de sopa de alimentos sólidos no prato e coma com uma colher pequena (de chá), mastigando bem, para não ingerir uma quantidade além de sua capacidade, evitando a sensação de “estufamento”, náuseas e vômitos. Não tome líquidos junto com os alimentos sólidos, tome-os antes ou 30 minutos após os sólidos.
Alimentos calóricos, doces (pudins, “sundaes”, “milk shakes”, leite condensado, sorvetes, etc.) e gorduras poderão lhe causar a chamada Síndrome de Dumping (diarreia, tontura, suor frio, batimento acelerado do coração e queda da pressão arterial), além de prejudicar a perda de peso.
É um mal-estar que surge após uma ingestão de alimento hipercalórico/hiper osmolar (doces, massas, líquidos calóricos) que irritam o intestino, e faz com que ele libere hormônios que irão causar os sintomas.
A intensidade e sintomas do dumping variam entre os pacientes, e podem incluir tontura, palpitação, suor frio, sonolência e/ou distensão abdominal, cólicas, náuseas, diarreias.
O dumping é mais frequente no início da adaptação pós-operatória, mas pode acontecer no longo prazo também.
Para evitar-se o dumping recomenda-se não utilizar alimentos hipercalóricos, manter boa hidratação antes das refeições e não utilizar alimentos hipercalóricos com estômago vazio, sobretudo após períodos longos de jejum.
Nos primeiros seis meses você não deve tomar refrigerantes, que, devido ao gás, lhe causarão sensação de mal-estar e “estufamento”, além de ocasionar náuseas e vômitos. As bebidas alcoólicas são absorvidas rapidamente por conta da cirurgia, o que, além de embebedá-lo mais depressa, prejudica muito mais o fígado, o pâncreas e o cérebro. Refrigerantes dietéticos não engordam, mas bebidas alcoólicas sim.
No primeiro mês não. O fumo, além de reconhecidamente ser prejudicial à saúde, vai lhe trazer sérios transtornos no pós-operatório. A tosse causada pelo cigarro causa dores, forçando o corte, que não cicatrizará bem, favorecendo a formação de uma hérnia. Fumando, você terá mais chances de ficar gripado e até mesmo de adquirir uma pneumonia.
Após duas semanas da cirurgia, você poderá manter relações sexuais.
Complexos de vitaminas e sais minerais deverão ser tomados a partir de 21 dias após a cirurgia pelo resto da vida. Isto porque esses micronutrientes ocorrem em pequena quantidade no alimento normal. Como você passa a comer menos eles se tornarão insuficientes.
A queda de cabelo acontece com certa frequência, principalmente na fase de perda de peso mais intensa, do terceiro ao sexto mês. Mas ela não é permanente e os fios voltam a crescer. Também é comum que as unhas se tornem fracas e a pele, ressecada, por algum tempo. A ingestão de bastante proteína minimiza essas ocorrências. Se necessário, a equipe poderá prescrever medicamentos para a recuperação.
A perda de peso varia para cada pessoa. Uns perdem mais no início, outros têm perda menor, mas constante. A perda, no entanto, é sempre proporcional ao peso inicial: os mais pesados perdem mais peso. Após o desvio de estômago, observa-se uma média de perda de peso que, um ano após a cirurgia, varia de 30 a 40 % do peso inicial (de 8 a 15% no primeiro mês, de 15 a 20% no primeiro trimestre, de 25 a 29% no primeiro semestre). Lembre-se que esta é a média que corresponde à maioria, mas alguns perdem mais e outros, menos.
Nem todos os operados necessitam ou querem fazer cirurgia plástica, mas sempre se deve aguardar pelo menos um ano da cirurgia bariátrica para iniciar as plásticas. Para quem perdeu muito peso, às vezes são necessárias várias cirurgias para remodelar o corpo e também “retoques” para a melhora de uma região já operada.
Uma das vantagens da cirurgia bariátrica é melhorar a fertilidade e diminuir o risco de uma gestação em mulher obesa mórbida. É importante, porém, evitar a gravidez nos 12 primeiros meses depois da operação e também que já tenha estabilizado o peso. Ao final deste período, recomendamos que faça uma avaliação prévia com um dos clínicos da nossa equipe para liberação, assim como uma avalição ginecológica antes de engravidar.